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Me apaixonei de novo. Falei de você para minha mãe, para minha irmã, minhas amigas e até para meu Uber, kkkk. Amo teus olhos castanhos, teu sorriso e teu jeitinho. Você é muito responsável, espiritual e tem os cachos mais lindos que eu já vi. Será você “ meu querido, que é deslumbrante, com os cachos que balançam como folhas de palmeira ” ( Cântico dos Cânticos 5:10-11 )? Será você o rapaz que Jeová preparou para mim? Não há como responder a essas perguntas, a menos que você me diga ou me mostre... Mas tenho medo... Medo de dar errado. Isso porque ontem mesmo o Ancelmo, meu psicólogo, disse: “ Não tem como saber se algo vai dar certo ou errado se não houver tentativas ”. Sei que tenho que tentar, mas e se não for dessa vez, como não foi das anteriores? E se esse erro persistir e eu me machucar mais? Sempre esse “e se”... Até parece que não tenho autoconfiança — se bem que, algumas vezes, não tenho mesmo, kkkk. Eu quero muito que seja você, que eu acerte e não estrague tudo novamente......

Se eu parasse para contar quantas vezes já me decepcionei e… sorri como se nada tivesse ocorrido, eu com certeza me perderia em meio a tantos números. No caso dessa decepção, tive que “ machucar primeiro para não ser machucada ” — era o que eu pensava que ia acontecer. Mas já tinha me envolvido demais… então não feri, mas saí ferida. Eu acreditei… Eu pedi que desse certo… Iia dar certo… Eu estava dando meu melhor para que, de fato, desse certo. O motivo de não ter dado certo? Simples: suas intenções eram claras desde o princípio. Tínhamos objetivos diferentes. Fato é: não espero perfeição , pois nesse mundo não há ser perfeito. Mas, contudo, espero companheirismo; que eu seja amada, que eu seja respeitada e que não se apresse o tempo. Não sou uma boca, não sou um corpo. Sou uma pessoa que se contenta com pouco — e isso, certamente, é meu maior erro. Para que a confusão? Só não deu certo, e está tudo bem — apesar de saber ao contrário… sei que não está . Não pense demais… só… esqueça. E...

Pai, eu conheci um garoto que me fez sentir borboletas no estômago e um friozinho na barriga inexplicável... Ele tem 22 anos, batizado há um ano. Ele era perfeito, pai. Só que, como na época do 6, ele também tinha o mesmo objetivo do 6: me levar para a cama. E, com a mesma rapidez com que percebi isso naquela época, eu também percebi. Mas a diferença foi que eu agi e já o bloqueei, exclui de tudo. Pai, não vou mentir: ele era perfeito, e eu realmente quis me casar com ele. O jeito que ele me tratava... Ele mentiu, disse que não havia nenhum segredo. E, aí, desde já, comecei a ficar com um pé atrás. Mas, tirando isso, o jeito que me chamava, os planos para o futuro, o amor por Jeová... tudo... eu realmente acreditei que ele me amava. Pai, o quanto já chorei... E, no momento, ainda estou. Dediquei horas pensando em como seria nossa vida futuramente, enquanto escolhia opções de vestidos de noiva (ao todo, 16 opções) e escolhi um – esse da foto – pensando que eu iria conseguir, pai. ...

São 3h36 da manhã , e novamente não consegui dormir... Tenho dormido mal esses dias; tô com muita coisa na cabeça. Tentei esvaziar a mente chorando, ouvindo música, ouvindo ruído marrom e ruído branco, jogando e até contei um pouco das coisas para o 22, mas nada do que faço adianta...   Tô preocupada com o 11, o 16, o 1.45, o 22 e comigo mesma... Hoje comi bem pouco. Na real, não estou sentindo muita fome esses tempos, o que é ótimo para mim: não engordar e não começarem a me encher o saco por conta do meu peso...   Como já descrevi, tentei de tudo para aliviar esse incômodo (já deixou de ser carga há muito tempo, mas nada que eu não possa resolver... Só preciso de tempo). Tentei não pensar, mas foi em vão. Parece que só consigo não pensar em nada quando tô dançando, kkkk. Fazer o quê...   Bom, baixei um monte de livros que provavelmente não vou ler, baixei filmes para me distrair um pouco das minhas "pequenas ansiedades que não são nada" (1.45). O primeiro...

**02:43 da manhã (começo)  Estou aqui novamente escrevendo... 16, tomara que eu faça as coisas do jeito certo dessa vez e não me desvie do que é certo...   Pai... o senhor tinha razão sobre o 6... Ele só queria me usar. Ele pegou todos os meus sonhos e me fez arrepender de compartilhá-los. Achei que o 22 era o amor da minha vida e, novamente, errei... Passou um tempo e conheci o 13... Da mesma forma que com o 6, me arrependi de criar planos futuros com ele... Ele mentiu para mim.   Resultado: o 6 parou de servir a Jeová e finge que não me conhece quando me vê na rua (se esconde de mim); o 22 está namorando – mas o senhor ia gostar dele, só faltava ele servir a Jeová, ele era perfeito; e o 13... Ele aparentemente servia a Jeová, mas mentia demais. Então, não sei se posso acreditar nisso...   Passou um tempo, conheci o 7... Comecei a gostar dele, mas ele começou a namorar. Na nova congregação, conheci o 22.14, mas ele se casou... O 17 se casou também... ...

Por que as pessoas são tão egoístas?   Por que é tão difícil ser assim — "tão egoísta"?   Será um método de proteção que já nasce com elas? Ou será algo que desenvolvem com o tempo?   E esse "egoísmo"... será que é vendido? Onde encontrá-lo? Nas farmácias, entre os corredores dos mercados... ou escondido em algum outro lugar?   Ah, como seria bom ser egoísta... pelo menos uma vez. Eu merecia essa chance.   Não me preocupar em machucar os outros — nem emocionalmente, nem fisicamente — parece... tranquilo. Libertação pura.